Mensagem do Mês de Abril
Nas Mãos de
Deus
Então, Jesus clamou em alta voz: Pai, nas
tuas mãos entrego o meu espírito! - Lc 23.46.
A
história da crucificação, como nos relatam os evangelhos, durou apenas seis
horas. Seis horas de dor e muito sofrimento. Quais seriam os últimos
pensamentos de nosso Salvador? Será que Jesus sentiu vontade de descer da cruz
e fugir da crucificação? Se isso acontecesse todos os seus milagres não teriam
valor, todas as suas palavras não teriam importância. Se os pregos se
soltassem, o amor iria segurá-lo naquela cruz.
Jesus entregou seu espírito ao
Pai, colocando-se em segurança sob os cuidados dele: Pai, nas tuas mãos...
Que magnífico significado está contido nesta expressão. Em muitos momentos eram
as mãos de Jesus que agiam. Elas sempre estiveram envolvidas em ações de amor.
Elas são instrumentos para oferecer alívio em meio a dor, consolo em meio a
tristeza, paz em meio a perturbações, mas agora era Ele quem necessitava das
mãos do Pai: Pai, nas tuas mãos entrego o
meu espírito!
Por diversas vezes, Jesus disse
que seria entregue nas mãos dos homens. Aos cansados discípulos no Getsêmani,
disse: Chegou a hora! Eis que o Filho do Homem está sendo entregue nas mãos
de pecadores. Levantem-se e vamos! (Mt 26.45-46). Mãos perversas formaram a
coroa de espinhos, pondo-a sobre a fronte de Jesus. Mãos perversas dilaceraram
suas costas. Mãos perversas o esbofetearam o rosto. Mãos perversas o
empurraram. Mãos perversas cravaram pregos em suas mãos e pés. No entanto,
chega o momento em que as mãos dos homens não podem fazer mais nada, e as mãos
de Deus entram em ação. Quando Davi estava sendo perseguido por seus inimigos,
declara: O meu futuro está em Tuas mãos (Sl 31.15), e quando a morte
chegou Cristo exclamou: Pai, nas tuas mãos...
Ao
vermos a morte, vemos o desastre. Quando Jesus vê a morte, vê libertação. Jesus
conhece a morte, pois Ele venceu a morte. Jesus conhece a dor, pois Ele mesmo
suportou a dor. Fomos feitos para viver com Deus. Um dia, também estaremos
caminhando pelo vale da sombra da morte. Precisamos saber que quando este dia
chegar não estaremos sozinhos e assim como Jesus e muitos outros cristãos
fizeram, queremos entregar o nosso espírito nas mãos do Pai. No dia de nossa
morte estaremos apenas recebendo alta do hospital chamado terra. Estaremos
apenas descansando de nossos labores. Estaremos, enfim, acordando de um breve
sono.
Oremos: Senhor
meu Deus mantém-me unido a Ti até o dia em que meus lábios também clamarem:
Pai, nas Tuas mãos recebe o meu espírito. Por Jesus. Amém.
Rev. Wilson Proescholdt Walder
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