terça-feira, 22 de abril de 2014

Mensagem do Mês de Abril

Nas Mãos de Deus

Então, Jesus clamou em alta voz: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito! - Lc 23.46.

A história da crucificação, como nos relatam os evangelhos, durou apenas seis horas. Seis horas de dor e muito sofrimento. Quais seriam os últimos pensamentos de nosso Salvador? Será que Jesus sentiu vontade de descer da cruz e fugir da crucificação? Se isso acontecesse todos os seus milagres não teriam valor, todas as suas palavras não teriam importância. Se os pregos se soltassem, o amor iria segurá-lo naquela cruz.
                Jesus entregou seu espírito ao Pai, colocando-se em segurança sob os cuidados dele: Pai, nas tuas mãos... Que magnífico significado está contido nesta expressão. Em muitos momentos eram as mãos de Jesus que agiam. Elas sempre estiveram envolvidas em ações de amor. Elas são instrumentos para oferecer alívio em meio a dor, consolo em meio a tristeza, paz em meio a perturbações, mas agora era Ele quem necessitava das mãos do Pai: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito!
                Por diversas vezes, Jesus disse que seria entregue nas mãos dos homens. Aos cansados discípulos no Getsêmani, disse: Chegou a hora! Eis que o Filho do Homem está sendo entregue nas mãos de pecadores. Levantem-se e vamos! (Mt 26.45-46). Mãos perversas formaram a coroa de espinhos, pondo-a sobre a fronte de Jesus. Mãos perversas dilaceraram suas costas. Mãos perversas o esbofetearam o rosto. Mãos perversas o empurraram. Mãos perversas cravaram pregos em suas mãos e pés. No entanto, chega o momento em que as mãos dos homens não podem fazer mais nada, e as mãos de Deus entram em ação. Quando Davi estava sendo perseguido por seus inimigos, declara: O meu futuro está em Tuas mãos (Sl 31.15), e quando a morte chegou Cristo exclamou: Pai, nas tuas mãos...
Ao vermos a morte, vemos o desastre. Quando Jesus vê a morte, vê libertação. Jesus conhece a morte, pois Ele venceu a morte. Jesus conhece a dor, pois Ele mesmo suportou a dor. Fomos feitos para viver com Deus. Um dia, também estaremos caminhando pelo vale da sombra da morte. Precisamos saber que quando este dia chegar não estaremos sozinhos e assim como Jesus e muitos outros cristãos fizeram, queremos entregar o nosso espírito nas mãos do Pai. No dia de nossa morte estaremos apenas recebendo alta do hospital chamado terra. Estaremos apenas descansando de nossos labores. Estaremos, enfim, acordando de um breve sono.



Oremos: Senhor meu Deus mantém-me unido a Ti até o dia em que meus lábios também clamarem: Pai, nas Tuas mãos recebe o meu espírito. Por Jesus. Amém.


Rev. Wilson Proescholdt Walder


Nenhum comentário:

Postar um comentário